ChatGPT, proibição da Itália e movimentações após IA generativa

ChatGPT, proibição da Itália e movimentações após IA generativa

O mercado está passando por mudanças expressivas e significativas por influência das inovações tecnológicas criadas. Com a popularização da IA generativa, mais especificamente o ChatGPT, movimentações de países e especialistas passaram a acontecer como resposta das problemáticas visualizadas.

A Itália foi o primeiro país a proibir o uso da ferramenta alegando que a mesma  não segue as normas da Lei de Privacidade. Aproximadamente 2600 especialistas e empreendedores da área da tecnologia, como Elon Musk e ​​Steve Wozniak (cofundador da Apple), também apresentaram sua opinião através de uma carta que pedia pela pausa da inovação.

Ações do tipo são respostas ao avanço acelerado das IAs e da preocupação dos especialistas pelas consequências que o mau uso pode trazer. 

Uso da IA generativa (ChatGPT) e criação de novos modelos

Antes de entender a motivação é preciso analisar como a tecnologia funciona. A inteligência artificial não é recente e já era considerada por muitas empresas para a realização de tarefas antes do “boom” das IA generativas.

Agindo de maneira semelhante a como um ser humano agiria, a ferramenta costuma ser incluída para realização de tarefas repetitivas, que não necessitem da especialização de profissionais e que sejam pontuais. 

Já as IAs generativas passaram a ser mais utilizadas após a publicação do ChatGPT inteligência conversacional da OpenAI, que ocorreu em novembro de 2022. Com o sucesso da máquina que interage de forma fluída e natural respondendo perguntas e produzindo textos, outras como a LLaMa (da Meta) e o Bard (da Google) começaram a ser estruturadas.

A intenção principal com qualquer uma delas é oferecer soluções e benefícios aos indivíduos. No entanto, esses benefícios são vistos quando aplicados cautelosamente. 

Entenda como a IA pode auxiliar no combate ao ransomware e na manutenção da LGPD

Pontos destacados na carta aberta

“Uma pausa temporária de pelo menos seis meses no desenvolvimento de inteligências artificiais” foi o pedido feito em carta aberta. A justificativa para tal ação seria a necessidade de estudar a IA  antes que a inovação traga riscos para a população. 

Ainda que visualizem os benefícios do uso diário da ferramenta, entendem que é necessário se precaver e pautar-se na ética e moralidade, e nas leis vigentes, para obter êxito e soluções adequadas.

Dentro da carta publicada pela instituição de pesquisa, Future of Life Institute (FOI), ainda estavam contidos os perigos percebidos por laboratórios responsáveis por produzir as tecnologias e que não calculam seus efeitos ou não fazem avaliações para comprovação dos atos. 

É válido ressaltar que em 2017 este mesmo instituto, criado para que a IA seja boa para todos os indivíduos, divulgou alguns pontos a serem considerados pelas techs para que incluam a ferramenta de forma adequada.

Alguns desses princípios são: 

  • Segurança: necessidade dos sistema de IA serem seguros durante toda vida operacional;
  • Valores humanos: os sistemas de IA devem ser organizados conforme ideias de dignidade, direitos e outros. 
  • Bem comum: superinteligência criada a serviço de ideias éticas amplamente compartilhadas.

Se por um lado os especialistas entendem e concordam com a necessidade de ser cauteloso e precavido em relação à ferramenta, do outro lado entendem que a tecnologia não pode mais ser impedida.

Previsões para os próximos anos

A previsão é que mais países optem por pausar o uso da ferramenta e analisá-la detalhadamente. Ainda que decidam não seguir por esse caminho, as movimentações recentes levam o debate para outro nível e evidenciam a necessidade de regulamentos.

No Brasil esta é uma pauta recorrente, com as autoridades nacionais buscando, já há um tempo, a criação de um marco regulatório da IA. Após a popularização do chat, esse assunto apenas crescerá com novas leis para uso adequado da ferramenta sendo firmadas. 

A capacitação de profissionais e o fortalecimento das discussões com a população precisa de ampliação. Pela velocidade do seu crescimento outras novas funções e questões aparecerão. 

Inteligência artificial (IA) e direito

Assim como qualquer outro, o setor legal também pode se beneficiar do uso da inovação.

A Diana é uma inteligência artificial voltada para o jurídico e que oferece soluções pontuais auxiliando os operadores de direito a solucionar os casos. A partir da ação do time multidisciplinar e do uso da tecnologia há resultados mais assertivos e com mais agilidade. 

Algumas das soluções principais para os casos são: predição de casos, proposta de acordo ideal, gestão de testemunhas e monitoramento de Civic Tech’s. Saiba mais sobre o instrumento acessando o site.